quarta-feira, 23 de junho de 2010

Cultura nordestina presente em Uberlândia






Feira promovida na Praça Sérgio Pacheco pela Associação dos Nordestinos em Uberlândia























Casa nordestina tradicional











O nordeste é conhecido pelo seu povo sofrido e trabalhador. A foto acima retrata bastante essa realidade.








por: Amanda Araújo

terça-feira, 22 de junho de 2010

Do cordão para uma literatura de cordel

Por Thaís Medeiros


Barbantes esticados e livretes pendurados dão origem à uma literatura do Nordeste rica em rimas e versos, é o cordel, que ganhou este nome, pois, em Portugal, eram expostos ao povo amarrados em cordões, estendidos em pequenas lojas de mercados populares ou até mesmo nas ruas.
A chegada do cordel no Brasil ocorreu no início da colonização, através dos portugueses. Na segunda metade do século XIX começaram as impressões de folhetos brasileiros, com características próprias do país.
Os temas incluem desde fatos do cotidiano, episódios históricos, lendas, temas religiosos, entre muitos outros. As façanhas do cangaceiro Lampião (Virgulino Ferreira da Silva, 1900-1938) e o suicídio do presidente Getúlio Vargas (1883-1954) são alguns dos assuntos de cordéis que tiveram maior tiragem no passado. Não há limite para a criação de temas dos folhetos. Praticamente todo e qualquer assunto pode virar cordel nas mãos de um poeta competente.
O estudante de História da Universidade Federal de Uberlândia (UFU), Cid Carlos, é um dos admiradores da literatura. Para ele, os cordéis multiplicam as histórias tanto na ficção quanto na realidade.
“Existe alguns historiadores que explicam o cordel a partir de um cenário brasileiro, como a guerra de Canudos que propiciou a história sobre Antônio Conselheiro que dá um tom heróico para a cultura nordestina de forma rimada e em versos nos cordéis”, afirmou Cid.
No Nordeste, a literatura de cordel é uma produção típica, sobretudo nos estados de Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte e Ceará. Hoje também se faz presente em outros estados, como Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo.
A Feira da Gente, realizada todo domingo na praça Sérgio Pacheco em Uberlândia, é um dos locais na cidade em que encontra-se cordéis para comprar. Cid Carlos é um dos vendedores e afirma que muitas pessoas tem curiosidade em conhecer a obra literária.
“Públicos acadêmicos conhecem mais os cordéis do que as outras pessoas, porém muitas pessoas se surpreendem com a literatura rimada que pode ser encontrada na feira, na revistaria do aeroporto de Uberlândia e na internet, sendo uma oportunidade do pessoal conhecer um pouco da cultura nordestina através dos cordéis”, concluiu.
Um grande exemplo de cordelista é Seu Lunga, um personagem tão folclórico que ninguém acredita na sua existência real. Mas, ele existe. Natural de Juazeiro do Norte (CE), local aonde reside até hoje, é muito conhecido pela sua "delicadeza", dizem que ele é um sério candidato a Homem Mais Ignorante do Mundo pelo Guiness Book. Algumas histórias são verídicas, e outras são apenas piadas que fazem alusão a sua ignorância. Confira abaixo, um dos cordéis produzido por ele.

As proezas de Seu Lunga

Seu Lunga é cabra de bem
Porém é muito nervoso
Em perguntas idiotas
O homem perde o gozo
Das faculdades mentais
Vira o próprio satanás
Solta um palavrão trevoso.

Um belo carro de luxo
A famosa limosine
Chegou à concessionária
Tava exposta na vitrine
Lunga disse: --eu quero aquela
Dou até minha costela
Por aquela lamborguine.

O vendedor, à socapa,
Riu do momento bizarro
--Meu senhor, está enganado
Trocou o nome do carro
Lunga, bufando de raiva
Encorporou o Saraiva
Não adimitiu o sarro.

--Olhe aqui fi da broboinca
O automóvel é meu
Vou pagar com minha verba
Se entupa, seu fariseu
Dou o nome que eu quero
Joaquim, Chico ou Homero
Também ponho o de Romeu.

Uma semana depois
Lunga, no estacionamento
Foi saindo com o carro
Até passar por tormento
O alarme disparou
A polícia o abordou
Não teve nem argumento.

Era um carro igual ao dele
Não mudava nem a cor
O modelo, a capota
Pneu e radiador
Calota, marcha e breque
Iguais ao seu calhanbeque
Principalmente o motor.

Lunga tomou providência
Ali, no calor da hora
Pra não mais se confundir
Tirou da bota a espora
Riscou toda a pintura
Disse: --olhe que belezura
Quero ver trocar agora.

Fotos editadas por Alanna Guerra



Personagem nordestino destacado dos demais. Na mesa onde estavam expostos para a venda, na Praça Sérgio Pacheco nos dias de domingo.



Imagem da sede da Anudi com as alunas de Jornalismo que atenderam a comunidade e com Cid Carlos um dos membros da associação.



Padrinho Padre Cícero em destaque na foto, por ser um personagem muito respeitado pelos nordestinos.

Um Sonho Construído Diariamente – Conheça a trajetória da Associação dos Nordestinos em Uberlândia

Por Érica Goulart


Saindo do Rio Grande do Norte, passando pelo Rio de Janeiro e por Brasília, o senhor José Pedro de Lima chega a Uberlândia. Encontrava constantemente conterrâneos que vinham para a cidade sem trabalho e moradia, por isso, decidiu criar um lugar que servisse de ponto de apoio a estas pessoas, onde pudessem ficar por alguns dias, até serem encaminhadas a algum emprego. Assim, em 18 de outubro de 1988, nascia a Associação dos Nordestinos em Uberlândia, a ANUDI.
Associação criada, a luta passou a ser por uma sede própria, que atendesse às necessidades da comunidade. Várias vezes “Seu Lima” tentou conseguir recursos através de conhecidos em Brasília, mas em nenhuma foi possível, pois a ANUDI não possuía registro junto ao Governo Federal e tampouco cumpria os requisitos necessários para a inscrição. Depois de muita conversa, um terreno foi doado pela Prefeitura de
Uberlândia para a construção. Mais um grande passo dado.
Possuindo o terreno, era hora de começar a construir. Até conseguir a verba necessária, seu Lima montou uma pequena cobertura, sob a qual chegou a manter uma família por dias. Buscou a ajuda do então deputado estadual Gilmar Machado, que contribuiu com o desenvolvimento do projeto e algum recurso, suficiente apenas para uma parte da obra. Geraldo Resende, também deputado estadual, conseguiu depois uma subvenção que permitiu a finalização da primeira etapa do projeto original: um salão com cozinha para as reuniões da comunidade. A segunda parte contaria com uma creche que atenderia 100 crianças.
O aluguel do salão representa hoje a principal fonte de renda da Anudi e já serviu de sala de aula para cursos de alfabetização, pintura e artesanato. O fundador também conseguiu parcerias para oferecer até mesmo um curso profissionalizante que formou uma turma de auxiliares de escritório.
Depois de 12 anos na presidência da Anudi, José Pedro foi sucedido por Alcides Melo e pelo atual presidente Vamberto Figueiredo, vindo da Paraíba há 12 anos.
Hoje, a Anudi possui mais de 1000 famílias cadastradas, que mantêm um relacionamento esporádico com a Associaç
ão através da barraca de comidas típicas montada na Praça Sérgio Pacheco. O dinheiro arrecadado é investido na divulgação da comunidade. Segundo Vamberto Figueiredo estão sendo formadas parcerias com a Secretaria Estadual e o Ministério da Cultura. “Nosso objetivo é fortalecer e difundir nossa cultura em função da grande população nordestina na região, que carece da dança, da comida, da música no dia-a-dia para alimentar a alma. Queremos o reconhecimento da população em geral. Aqui a cultura é diferente, o modo de falar e se vestir é diferente, a mudança é um choque”, declara.



Edição de Imagens: Érica Goulart


Imagem 1: Sede da Anudi
Imagem 2: Seu Lima, fundador da Associação
Imagem 3: Itens vendidos na barraca da Praça Sérgio Pacheco

Literatura de cordel aborda temas de utilidade pública


O estudante de História da Universidade Federal de Uberlândia (UFU), Cid Carlos Silva, conta sobre o lançamento de cordéis que retratam os temas "Transporte Público" e "Saúde Pública".

Clique no link abaixo para ouvir:


Imagem: Alanna Guerra

Nordestina explica a importância de evento


A apresentadora nordestina, Rebeca Andrade, do Shop Car Show - programa exibido aos sábados pela TV Paranaíba - fala sobre a realização do almoço na Associação dos Nordestinos.

Ouça o podcast através do link:

>>> Almoço na ANUDI reúne nordestinos.mp3 <<<


Imagem: Página online do programa Shop Car Show

ANUDI organiza eventos e usa espaço na Praça Sérgio Pacheco para divulgar a cultura nordestina

Por Caroline Aleixo
Comida típica, artesanato, cordel, fotografia e muita história. É assim que a ANUDI (Associação dos Nordestinos em Uberlândia) divulga a cultura nordestina, todos os domingos, na Praça Sérgio Pacheco, em Uberlândia.
Há quase um ano, a ANUDI comprou um ponto na praça com a intenção de propagar o que o Nordeste tem de melhor e dessa forma divulgar também o trabalho da entidade filantrópica. A barraca de culinária nordestina - com um cardápio de receitas como o Sarapatel, a Buchada de bode e o Baião de dois - fica sob responsabilidade da família de Raimundo Nonato e Cleonice da Silva, a cozinheira, que assume ficar realizada com a oportunidade de poder cozinhar em nome da associação nordestina.
“Meu marido e meus filhos me ajudam com as comidas. Não rende muito dinheiro, mas é muito gostoso ver as pessoas gostando da comida. Quem conhece e veio do Nordeste é um ponto
de encontro para recapitular as lembranças da terra natal e quem não conhece, experimenta,
gosta e volta”, diz orgulhosa a cozinheira e mãe de três filhos, Cleonice.O estande de fotos, cordéis, artesanatos e vestimentas vindas do Nordeste (chapéus e casaco de couro) é apresentado pelo aluno de História, Cid Carlos, natural de Pernambuco e escritor de cordéis. Ao recitar alguns versos ele conta a história da região e das personagens que encenaram na Caatinga, como “Padim”, Lampião, Maria Bonita e Frei Damião. O pernambucano também ajuda a ANUDI com a divulgação da cultura do Nordeste em bairros aqui da cidade.
Além do espaço na praça e das visitas nos bairros, eles realizam eventos na sede da entidade como forma de arrecadar algum dinheiro para ser investido na própria associação, o que também não deixa de ser uma boa oportunidade para os nordestinos em Uberlândia se reunirem e das demais pessoas conhecerem os costumes. O último evento foi realizado no dia 15 de Maio, onde ocorreu um bingo sorteando uma bicicleta e um carneiro assado.
Muito forró e culinária nordestina à vontade também foram garantidos. Nossa equipe esteve lá e valeu a pena estar presente, nordestino é um povo bastante receptivo!

Edição imagens: Caroline Aleixo

Espaço ANUDI na Feira da Gente

Através de uma barraca de comida tipicamente nordestina, na Praça Sérgio Pacheco aos domingos, a ANUDI promove a cultura do Nordeste. Além, é claro, de muita história, artesanato e literatura de cordel. Confira as imagens editadas no vídeo abaixo e se apaixone pelo povo nordestino:





Serviço:

Barraca de comida nordestina
Feira da Gente - Praça Sérgio Pacheco, em Uberlândia
Todos os domingos - 10h às 18h

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Almoço beneficente - ANUDI 16/05/2010

No dia 16 de Maio, a Associação dos Nordestinos em Uberlândia realizou um almoço beneficente na sede da entidade. Comida típica, forró com a banda Smeril e bingos rechearam o evento que mais uma vez, foi um sucesso para a comunidade.

PRESIDENTE DA ANUDI - O CABRA

Foto editada por Lídia Vilela

Há sempre uma Esperança

Foto Editada por Lídia Vilela


Apesar da fome e da miséria que infelizmente exite no nordeste, o povo nunca deixou de ter esperança. É extamente isso que a imagem expressa, no meio da escuridão sempre há uma esperança.

sábado, 19 de junho de 2010

ANUDI organiza eventos e usa espaço na Praça Sérgio Pacheco para divulgar a cultura nordestina

Por Caroline Aleixo
Comida típica, artesanato, cordel, fotografia e muita história. É assim que a ANUDI (Associação dos Nordestinos em Uberlândia) divulga a cultura nordestina, todos os domingos, na Praça Sérgio Pacheco, em Uberlândia.
Há quase um ano, a ANUDI comprou um ponto na praça com a intenção de propagar o que o Nordeste tem de melhor e dessa forma divulgar também o trabalho da entidade filantrópica. A barraca de culinária nordestina - com um cardápio de receitas como o Sarapatel, a Buchada de bode e o Baião de dois - fica sob responsabilidade da família de Raimundo Nonato e Cleonice da Silva, a cozinheira, que assume ficar realizada com a oportunidade de poder cozinhar em nome da associação nordestina.
“Meu marido e meus filhos me ajudam com as comidas. Não rende muito dinheiro, mas é muito gostoso ver as pessoas gostando da comida. Quem conhece e veio do Nordeste é um ponto
de encontro para recapitular as lembranças da terra natal e quem não conhece, experimenta,
gosta e volta”, diz orgulhosa a cozinheira e mãe de três filhos, Cleonice.O estande de fotos, cordéis, artesanatos e vestimentas vindas do Nordeste (chapéus e casaco de couro) é apresentado pelo aluno de História, Cid Carlos, natural de Pernambuco e escritor de cordéis. Ao recitar alguns versos ele conta a história da região e das personagens que encenaram na Caatinga, como “Padim”, Lampião, Maria Bonita e Frei Damião. O pernambucano também ajuda a ANUDI com a divulgação da cultura do Nordeste em bairros aqui da cidade.
Além do espaço na praça e das visitas nos bairros, eles realizam eventos na sede da entidade como forma de arrecadar algum dinheiro para ser investido na própria associação, o que também não deixa de ser uma boa oportunidade para os nordestinos em Uberlândia se reunirem e das demais pessoas conhecerem os costumes. O último evento foi realizado no dia 15 de Maio, onde ocorreu um bingo sorteando uma bicicleta e um carneiro assado.
Muito forró e culinária nordestina à vontade também foram garantidos. Nossa equipe esteve lá e valeu a pena estar presente, nordestino é um povo bastante receptivo!

Edição imagens: Caroline Aleixo

sexta-feira, 18 de junho de 2010

O Nordeste em Uberlândia

O objetivo da imagem é mostrar que a cultura nordestina está firmada em Uberlândia.
Foto editada por Lídia Vilela.

Uberlândia também é nordeste





Foto editada por Lídia Vilela.