Por Érica Goulart
Saindo do Rio Grande do Norte, passando pelo Rio de Janeiro e por Brasília, o senhor José Pedro de Lima chega a Uberlândia. Encontrava constantemente conterrâneos que vinham para a cidade sem trabalho e moradia, por isso, decidiu criar um lugar que servisse de ponto de apoio a estas pessoas, onde pudessem ficar por alguns dias, até serem encaminhadas a algum emprego. Assim, em 18 de outubro de 1988, nascia a Associação dos Nordestinos em Uberlândia, a ANUDI.
Associação criada, a luta passou a ser por uma sede própria, que atendesse às necessidades da comunidade. Várias vezes “Seu Lima” tentou conseguir recursos através de conhecidos em Brasília, mas em nenhuma foi possível, pois a ANUDI não possuía registro junto ao Governo Federal e tampouco cumpria os requisitos necessários para a inscrição. Depois de muita conversa, um terreno foi doado pela Prefeitura de Uberlândia para a construção. Mais um grande passo dado.
Possuindo o terreno, era hora de começar a construir. Até conseguir a verba necessária, seu Lima montou uma pequena cobertura, sob a qual chegou a manter uma família por dias. Buscou a ajuda do então deputado estadual Gilmar Machado, que contribuiu com o desenvolvimento do projeto e algum recurso, suficiente apenas para uma parte da obra. Geraldo Resende, também deputado estadual, conseguiu depois uma subvenção que permitiu a finalização da primeira etapa do projeto original: um salão com cozinha para as reuniões da comunidade. A segunda parte contaria com uma creche que atenderia 100 crianças.
O aluguel do salão representa hoje a principal fonte de renda da Anudi e já serviu de sala de aula para cursos de alfabetização, pintura e artesanato. O fundador também conseguiu parcerias para oferecer até mesmo um curso profissionalizante que formou uma turma de auxiliares de escritório.
Depois de 12 anos na presidência da Anudi, José Pedro foi sucedido por Alcides Melo e pelo atual presidente Vamberto Figueiredo, vindo da Paraíba há 12 anos.
Hoje, a Anudi possui mais de 1000 famílias cadastradas, que mantêm um relacionamento esporádico com a Associação através da barraca de comidas típicas montada na Praça Sérgio Pacheco. O dinheiro arrecadado é investido na divulgação da comunidade. Segundo Vamberto Figueiredo estão sendo formadas parcerias com a Secretaria Estadual e o Ministério da Cultura. “Nosso objetivo é fortalecer e difundir nossa cultura em função da grande população nordestina na região, que carece da dança, da comida, da música no dia-a-dia para alimentar a alma. Queremos o reconhecimento da população em geral. Aqui a cultura é diferente, o modo de falar e se vestir é diferente, a mudança é um choque”, declara.
Saindo do Rio Grande do Norte, passando pelo Rio de Janeiro e por Brasília, o senhor José Pedro de Lima chega a Uberlândia. Encontrava constantemente conterrâneos que vinham para a cidade sem trabalho e moradia, por isso, decidiu criar um lugar que servisse de ponto de apoio a estas pessoas, onde pudessem ficar por alguns dias, até serem encaminhadas a algum emprego. Assim, em 18 de outubro de 1988, nascia a Associação dos Nordestinos em Uberlândia, a ANUDI.
Associação criada, a luta passou a ser por uma sede própria, que atendesse às necessidades da comunidade. Várias vezes “Seu Lima” tentou conseguir recursos através de conhecidos em Brasília, mas em nenhuma foi possível, pois a ANUDI não possuía registro junto ao Governo Federal e tampouco cumpria os requisitos necessários para a inscrição. Depois de muita conversa, um terreno foi doado pela Prefeitura de Uberlândia para a construção. Mais um grande passo dado.
Possuindo o terreno, era hora de começar a construir. Até conseguir a verba necessária, seu Lima montou uma pequena cobertura, sob a qual chegou a manter uma família por dias. Buscou a ajuda do então deputado estadual Gilmar Machado, que contribuiu com o desenvolvimento do projeto e algum recurso, suficiente apenas para uma parte da obra. Geraldo Resende, também deputado estadual, conseguiu depois uma subvenção que permitiu a finalização da primeira etapa do projeto original: um salão com cozinha para as reuniões da comunidade. A segunda parte contaria com uma creche que atenderia 100 crianças.
O aluguel do salão representa hoje a principal fonte de renda da Anudi e já serviu de sala de aula para cursos de alfabetização, pintura e artesanato. O fundador também conseguiu parcerias para oferecer até mesmo um curso profissionalizante que formou uma turma de auxiliares de escritório.
Depois de 12 anos na presidência da Anudi, José Pedro foi sucedido por Alcides Melo e pelo atual presidente Vamberto Figueiredo, vindo da Paraíba há 12 anos.
Hoje, a Anudi possui mais de 1000 famílias cadastradas, que mantêm um relacionamento esporádico com a Associação através da barraca de comidas típicas montada na Praça Sérgio Pacheco. O dinheiro arrecadado é investido na divulgação da comunidade. Segundo Vamberto Figueiredo estão sendo formadas parcerias com a Secretaria Estadual e o Ministério da Cultura. “Nosso objetivo é fortalecer e difundir nossa cultura em função da grande população nordestina na região, que carece da dança, da comida, da música no dia-a-dia para alimentar a alma. Queremos o reconhecimento da população em geral. Aqui a cultura é diferente, o modo de falar e se vestir é diferente, a mudança é um choque”, declara.
Edição de Imagens: Érica Goulart
Imagem 1: Sede da Anudi
Imagem 2: Seu Lima, fundador da Associação
Imagem 3: Itens vendidos na barraca da Praça Sérgio Pacheco
Imagem 2: Seu Lima, fundador da Associação
Imagem 3: Itens vendidos na barraca da Praça Sérgio Pacheco
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